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CP vende trenes a Peru

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CP vende trenes a Peru

Notapor sotavento » Vie Ene 19, 2007 5:55 am

CP vende comboios a operadora privada do Peru
Carlos Cipriano


Automotoras que circularam nas linhas do Tua e do Vouga vão agora ser
comboios turísticos em Machu Picchu

A CP vendeu três automotoras de via estreita da série 9400 à Crosland
Tecnica, uma operadora ferroviária privada do Peru, que as irá utilizar no
transporte de turistas na linha de acesso a Machu Picchu.
O montante do negócio é de 760 mil euros, dado que as três unidades se
encontravam já retiradas de circulação, mas a EMEF (empresa participada da
CP dedicada à manutenção) vai concorrer à sua modernização, que será
realizada já naquele país da América Latina.
Para além das alterações no interior das carruagens e nos postos de
condução, as três automotoras terão de alterar os seus boggies (rodados) de
forma a adaptá-las para distância entre carris do Peru que é de 914
milímetros, ao passo que a bitola portuguesa de via estreita é de um metro.
As automotoras agora vendidas já tinham sido compradas pela CP em segunda
mão, na década de 70, à então Jugoslávia, onde faziam serviço nos arredores
de Zagreb. Em Portugal foram afectadas à linha do Tua onde andaram até aos
anos noventa. Nessa altura foram alvo de uma profunda modernização nas
oficinas da EMEF em Guifões (Porto) e enviadas para a linha do Vouga onde
acabaram os seus dias há cerca de cinco anos. Ressuscitam agora para
transportar turistas num dos caminhos-de-ferro mais altos do mundo (a antiga
cidade dos incas está situada a 2350 metros acima do nível do mar).
A internacionalização da CP através da venda de material retirado de
circulação já tem alguns anos. Locomotivas que circularam na linha do Tua
funcionam ainda hoje no Togo e em 2002 cinco automotoras que fizeram parte
da paisagem ferroviária urbana do Porto foram vendidas aos Camarões por 4,7
milhões de euros e são hoje o material topo de gama dos caminhos-de-ferro
daquele país, fazendo os Intercidades entre Douala e Yaoundé (as duas
principais cidades).
Contudo, não tem sido em África, mas sim na América Latina que a CP tem
feito os negócios mais interessantes. Ainda na semana passada embarcou no
porto de Setúbal um segundo lote de material ferroviário para a Argentina
que faz parte de uma encomenda de 27 milhões de euros feito por aquele país.
À CP os argentinos compraram praticamente todo o tipo de material, desde as
UTE (Unidades Tiplas Eléctricas) que já circularam nas linhas de Sintra,
Azambuja e do Norte, até às locomotivas 1400 e Brissoneau, e às velhas
automotoras Noahb (de fabrico sueco e que já se arrastavam, com muitos
protestos dos passageiros, nas linhas alentejanas), até às típicas
carruagens metalizadas fabricadas na então Sorefame.
Em Maio decorrerá um terceiro embarque para a Argentina estando previsto o
último para Novembro deste ano.
No outro lado do Atlântico circulam já 40 carruagens e sete locomotivas
enviadas para Buenos Aires no início de 2006. Aquele país estava carente de
material ferroviário depois de, nos anos noventa, praticamente ter acabado
com o caminho-de-ferro na sequência de um programa de privatizações que se
revelou um fracasso. A intervenção do Estado, que voltou a assumir
responsabilidades no transporte ferroviário, obrigou à compra de material
moderno a Portugal e a Espanha (países que têm o mesmo tipo de bitola que o
da ferrovia argentina).
Em África, apesar da proximidade linguística, a CP não teve êxito na venda
de material para Angola, onde são os chineses que estão a recuperar as
linhas férreas daquele país. Em 1996, o então presidente da CP, Crisóstomo
Teixeira, criou uma empresa vocacionada para intervir no mercado africano,
mas não teve sucesso. Já em relação a Moçambique as expectativas são mais
optimistas, havendo neste momento negociações para a venda de automotoras
para aquele país.
A operadora ferroviária pública tem vendido material, mas não tem comprado
comboios novos. As excepções são as 15 locomotivas vocacionadas para o
transporte de mercadorias recentemente encomendadas à Siemens. Nos últimos
anos a estratégia da CP assentou na modernização de material quase obsoleto,
mas este modelo esgotou-se e não constituiu um êxito. Os exemplos mais
flagrantes são as "novas" composições da linha de Cascais, que avariam
frequentemente, levando à supressão de comboios. Os pendulares, que vão a
caminho de uma década, continuam a ser a coqueluche da CP e os Intercidades
são formados muitas vezes por carruagens com 30 anos, mas que foram alvo de
uma remodelação que as tornou aptas a circular a 190 km/hora. O último plano
estratégico da empresa não contemplava a aquisição de novos comboios de
passageiros, mas este plano está a ser redefinido.


Fonte

A quien interessar (si ai alguien de Peru por aqui en trensim que se acuse) ... estos modelos estan disponibles en mi site. :roll:
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Notapor JuanK » Vie Ene 19, 2007 7:13 pm

A ver si esto ayuda a salir de la crisis que vive el ferrocaril Portugues :( ... y, ya de paso, a movilizar Perú. :wink:
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Notapor CAYAMITO EXPRESS » Vie Ene 19, 2007 7:41 pm

Gracias por la info sotavento. Lástima que no haya visto ningún hermano peruano en el foro :roll:

Saludos de hermandad 8) 8)
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Notapor sotavento » Vie Ene 19, 2007 8:15 pm

JuanK escribió:A ver si esto ayuda a salir de la crisis que vive el ferrocaril Portugues :( ... y, ya de paso, a movilizar Perú. :wink:


Lo ferrocarril portugues sufre de la mesma crise que el español ... falta de cerebro de las cupulas. :?


Los "trastes viejos" se mandan a argentina/peru/camaroes/... e se suprimen trenes , o peor aun , no se crian relaciones porque hay falta de trenes ...
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Notapor Cascajo » Vie Ene 19, 2007 10:31 pm

El pasado mes de octubre estuve en Peru de vacaciones y cogí el tren para el machu pichu, no me extraña que quieran reforzar los servicios pues hay mucha demanda y mucho tráfico de viajeros no solo para Cuzco y Machu Pichu si no para las estaciones intermedias.

Bien por Peru :D
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Notapor sotavento » Sab Ene 20, 2007 3:03 pm

Ademas que siendo automotores seguro que se mejoran las marchas ... :roll:
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Notapor Cascajo » Sab Ene 20, 2007 3:15 pm

Ya disponen de algunos automotores imagino que por las características de la linea es lo mas versátil que pueden usar.

En los primeros kilometros de la subida (o bajada según de donde se venga) desde Cuzco el tren tiene que invertir marcha cuatro veces pues ese tramo lo asciende/ desciende en Zig zag.

Imagino también que con la llegada de los nuevos automotores puedan ampliar servicios y bajar precios pues desde luego el billete no es nada económico, eso si, en las tres horas largas que dura el viaje vas entretenido, no solo por los paisajes, te dan desayuno, merienda si es por la tarde y hacen pase de modelos luciendo ropa típica andina incluso actuaciones folkloricas, es toda una experiencia.

Saludos
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